Originalidade marca segundo ato do Copa na Rua em Copacabana


2° ato Copa na Rua realizado em Copacabana (foto: Jaqueline Deister)

2° ato Copa na Rua realizado em Copacabana (foto: Jaqueline Deister)

Em clima de descontração, cerca de 200 pessoas se reuniram na manhã do último sábado (28), no Posto 6, em Copacabana, para o segundo Ato Copa na Rua – por uma cidade de direitos. A criatividade tomou conta do protesto organizado por diferentes articulações da sociedade civil.

Com releitura de músicas tradicionais, o bloco do ‘Ocupa Copa’ trouxe originalidade ao falar dos problemas trazidos pela Copa do Mundo no Brasil utilizando letras conhecidas de marchinha de carnaval e outras músicas populares. Intervenções artísticas como uma comissão de frente do ‘choque do amor’, parodiando a tropa de choque da Polícia Militar, foi organizada por um grupo de ativistas conhecidos como ‘Pink Blocs’ .

O segundo, dos quatro atos organizado pelo movimento Copa na Rua, contou com uma homenagem especial aos 45 anos do caso Stonewall, quando um grupo de Lésbicas, Gays, Bissexuais, mas principalmente Travestis e Transexuais se revoltaram contra as humilhações sofridas por paradas policiais no bar Stonewall, em Nova York. A data ficou conhecida como o dia do ‘Orgulho LGBT’.

A assessora de ativismo e mobilizações da Anistia Internacional e porta voz do movimento LGBT, Jandira Queiroz, destacou a visibilidade que a manifestação deu para as violações no contexto da Copa do Mundo, quanto das políticas de estado. Jandira afirma que o saldo final para os ativistas LGBTs foi positivo principalmente por conta do diálogo com a população que estava na orla de Copacabana. Segundo ela, é fundamental lembrar que em muitos países, especialmente no continente africano, há uma tendência de criminalização da homossexualidade que precisa ser combatida.

Marcelo Tonemberg é estagiário de Direito e estava passeando pelo calçadão no momento do ato. Para o gaúcho, toda a forma de manifestação democrática é válida. Tonemberg destacou que as bandeiras levantadas pelos manifestantes defendem melhorias para toda a população, até para aqueles que hoje não são adeptos dos protestos.

A manifestação foi pacífica e terminou  no palco da Fifa Fan Fest, localizado na praia de Copacabana. (pulsar)

Audios:

  • Jandira Queiroz, assessora de ativismo da Anistia Internacional:

    Jandira fala sobre a pluralidade das bandeiras presentes no ato e do diálogo com a população.

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  • Jandira fala sobre a luta por direitos homoafetivos:

    A assessora destaca os países que criminalizam os homossexuais e a necessidade de frear o avanço conservador contra os direitos homoafetivos.

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  • Marcelo Tonemberg, estudante de Direito:

    Tonemberg destaca o caráter democrático da manifestação.

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