Cerca de dezessete profissionais da imprensa sofreram agressões durante a primeira semana da Copa do Mundo no Brasil, de acordo com informações divulgadas pela Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) na última sexta-feira (20). A polícia causou 88% dessas agressões, ainda segundo o órgão, que pediu investigação dos casos por parte das autoridades brasileiras.
O encarregado de liberdade de expressão da SIP, Cláudio Paolillo, lamentou a ocorrência deste tipo de violência, mesmo com as medidas de segurança a jornalistas adotadas por organizações de comunicação e o incentivo oficial à não violência contra a imprensa.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) emitiu um comunicado também denunciando agressões e informou que 46% dessas violações ocorreram depois do jornalista ter se identificado, ou seja, foram propositais.
A Abraji denunciou que 178 profissionais estavam envolvidos em, pelo menos,190 casos de prisão ou violência entre maio de 2013 e 18 de junho de 2014. Segundo considerações da entidade, a polícia foi a principal responsável, “usando força excessiva e descabida em muitas ocasiões, prejudicando o trabalho da imprensa e a liberdade de expressão”.
Um dos exemplos lembrados pela Abraji foi o caso da correspondente Shasta Darlington e da produtora Bárbara Arvanitidis, ambas da emissora norte-americana CNN, que foram feridas por estilhaços de bombas de efeito moral em manifestação na Zona Leste de São Paulo. (pulsar/Portal Imprensa)