Estudo revela que a realização de Jogos Olímpicos oferece risco financeiro para os países-sede. A pesquisa ainda aponta que a Olimpíada no Rio de Janeiro pode ficar até três vezes mais cara se comparada com o orçamento inicial.
A pesquisa é da doutora pela Universidade de Oxford, Allison Stewart, coautora de um estudo que analisou todos os orçamentos dos Jogos Olímpicos realizados entre 1960 e 2012. Em entrevista à BBC Brasil, Allison alertou para uma fiscalização mais eficiente dos gastos com os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio de 2016.
Segundo a autora, as cidades-sede, ao assinarem o contrato com o Comitê Olímpico Internacional (COI), assinam também um cheque em branco para cobrir todos os custos que ultrapassem a previsão inicial. Stewart ainda destacou que os Jogos realizados entre os anos 2000 e 2010 tiveram uma previsão inicial de gastos que se aproximou do custo final do evento. Além disso, houve uma preocupação maior em reduzir os gastos excedentes que acabou sendo deixada de lado nas Olimpíadas de Londres e agora do Rio de Janeiro.
Apenas na semana passada, o Comitê Rio 2016 divulgou pela primeira vez um orçamento operacional de 7 bilhões de reais. Junto com a estimativa foi divulgada uma versão incompleta da Matriz de Responsabilidades dos Jogos, documento que detalha os projetos a serem concretizados para as Olimpíadas. De acordo com a matriz, dos 52 projetos listados apenas 24 foram orçados, contabilizando cerca de 6 bilhões de reais.(pulsar/bbc brasil)