Um grupo formado de organizações e ativistas ambientalistas equatorianos entregou nesta quinta-feira (22) uma solicitação à Justiça pedindo apoio para a realização de uma consulta pública sobre a exploração do petróleo no Parque Nacional Yasuní. Eles defendem a preservação dessa região amazônica.
A Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie) também já havia criticado a decisão do governo Rafael Correa, anunciada na última semana. A liderança indígena Humberto Cholango, presidente da entidade, afirma que “o presidente e os congressistas não podem tomar a decisão que afeta a vida de povos e outros seres vivos”.
Organizações e movimentos sociais alertam que a possível exploração do petróleo coloca em risco povos tradicionais isolados, como os Tagaeri e os Taromenane. Eles querem perguntar à população equatoriana se, no lugar disso, prefere deixar o óleo no subsolo.
Para que o Conselho Nacional Eleitoral do Equador possa convocar o processo de consulta popular, a iniciativa precisa receber por mais de 600 mil assinaturas. Cholango anuncia que “as organizações indígenas serão firmes ao defenderem o Yasuní”.
A quantidade de petróleo no Parque Nacional Yasuní é estimada em mais de 900 milhões de barris. Com 982 mil hectares, o local foi designado pela Unesco, em 1989, como uma reserva mundial da bioesfera. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos da ONU já foi acionada na busca de apoio à convocatória e à realização da consulta popular. (pulsar)
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