Marcha Mundial das Mulheres afirma feminismo para mudar o mundo

1ª Conferência da MMM discutiu trajetória do feminismo na América Latina

1ª Conferência da MMM discutiu trajetória do feminismo na América Latina (foto: MMM)

Sandra Morán, integrante do Comitê Internacional da Marcha Mundial das Mulheres (MMM), disse que o feminismo afirmado pela Marcha tem “o horizonte de mudar o mundo”. Ela representou as Américas durante a primeira Conferência do 9º Encontro Internacional da MMM, que começou nesta segunda-feira (26), em São Paulo

O  debate abordou a trajetória do feminismo na América Latina e a resistência das mulheres ao neoliberalismo. Sandra Morán apontou que os países continuam sendo profundamente neoliberais e militarizados. Ela afirmou, ainda, que as feministas da Marcha não querem “mudar a vida só das mulheres”, mas “a vida da humanidade”.

Nalu Faria, que integra a coordenação nacional do movimento, ressaltou que “as mulheres estão em todas as lutas”. Ela colocou a Marcha como uma experiência feminista com múltiplas identidades: há mulheres do movimento negro, sindical, camponesas, do movimento estudantil e jovens.

Ela lembrou que, muitas vezes, usam o tema das identidades para provocar a divergência dentro do movimento feminista. Ao contrário, Nalu defende “pensar as identidades não como algo que as coloca uma contra as outras, mas como aquilo que as  potencializa”.

O debate também contou com a contribuição de Sonia Alvarez, diretora do Centro de Estudos sobre América Latina e Caribe da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos, que iniciou a Conferência falando sobre as diferentes fases do neoliberalismo na América Latina e seus impactos na vida das mulheres. O início das atividades do 9º Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres (MMM)  foi marcado por um cortejo feminista para receber mil e 600 mulheres, vindas de 40 países. (pulsar/MMM)

 

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