Na manhã desta quarta-feira (11), na véspera da Copa do Mundo, a Polícia Civil do Rio de Janeiro executou uma série de detenções. As ativistas Elisa Quadros, conhecida como Sininho; a advogada Eloisa Samy e o cinegrafista Thiago Ramos, foram presos em casa e levados para investigação na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI). De acordo com informações do portal Mídia Ninja, mais duas pessoas, ainda não confirmadas, também teriam sido presas.
Segundo a Secretaria de Estado de Segurança (Seseg), Sininho vai prestar esclarecimentos à polícia pela compra irregular de fogos de artifício. A prisão ocorre um dia antes de a ativista prestar depoimento em uma audiência da Auditoria da Justiça Militar. O motivo do depoimento seria a apuração de uma denúncia contra dois policiais militares, que teriam forjado um flagrante de um jovem em manifestação nas ruas do centro do Rio no ano passado.
Em Goiânia, no final de maio, quatro estudantes também foram presos durante uma operação da Polícia Civil. As prisões tinham como alvo integrantes do Movimento Estudantil Popular Revolucionário, que segundo a polícia, eram suspeitos de depredar o patrimônio público e incitar à violência.
Também no final de maio, em São Paulo, integrantes do Movimento Passe Livre (MPL) foram intimados a depor na Polícia Civil, que abriu um inquérito para investigar supostas práticas criminosas cometidas durante os protestos. Sem ordem judicial, investigadores do Departamento Estadual de Investigações Criminais foram até as casas dos militantes, onde conduziram os intimados com coerção. O MPL considera o inquérito ilegal, com o objetivo de desarticular a ação do movimento. (pulsar/brasil de fato)