Combate à violência contra a mulher (foto:questoesdepeso.blogspot)
No data que marca a luta pelo fim da violência contra mulher, a Rádio comunitária Independência em parceria com a Associação Mundial de Rádios Comunitárias (AMARC) no interior do Ceará, conclui jornada de ações e mobilizações. De acordo com o levantamento realizado por uma pesquisa independente, só em Fortaleza foram registrados 176 assassinatos e 3 mil e 83 boletins de ocorrência.
Durante o mês de novembro foi realizada uma série de debates, caminhada e um seminário para radialistas da região. Segundo Rosa Gonçalves, da Rádio Comunitária Independência, o encontro busca chamar a atenção para os pequenos atos agressivos como empurrão e xingamento que podem levar à morte.
A nível nacional, a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) anunciou nesta segunda-feira (25) a Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres. A mobilização pretende reunir uma série de atos e eventos em defesa dos direitos da mulher e denunciar as frequentes humilhações de gênero que ainda existem na sociedade.
A ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci , destacou que a principal ação do programa é a construção da Casa da Mulher Brasileira. O espaço reunirá serviços de atendimento a vitimas de violência em todas as capitais do país.
Os dados são alarmantes. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o Brasil registrou, entre 2009 e 2011, 16 mil e 900 feminicídios, ou seja, mortes de mulheres decorrentes de conflito de gênero, crimes geralmente cometidos por parceiros íntimos ou ex-parceiros das vítimas.
O estado do Ceará possui apenas duas delegacias especializadas no atendimento à mulher. Ao todo, mais de 30 representantes de rádios comunitárias do estado participaram do seminário que culminou com a produção de onze áudios sobre a temática. Todo o material está disponível para download no radiotube. (pulsar)
Audios:
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Sonora Rosa Gonçalves, da Rádio Comunitária Independência, no Ceará:
A importância de denunciar os pequenos atos de violência.
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