A América Latina Logística (ALL), maior companhia ferroviária do Brasil, foi condenada a pagar 15 milhões de reais como dano moral coletivo por trabalho escravo. Em novembro de 2010, 51 trabalhadores foram resgatados em condições análogas a de escravo durante fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Os trabalhadores foram encontrados em alojamentos em condições precárias no Embu-Guaçú e na Estação Ferraz, linhas férreas exploradas e mantidas pela All América. As vítimas estavam isoladas na mata e eram impedidas de manter qualquer contato externo. Os operários eram ameaçados e sofriam agressões físicas e verbais sendo intimidados por homens com armas de fogo. As jornadas de trabalho chegavam a 70 horas semanais.
A ação foi movida pelo Ministério Público do Trabalho em São Paulo e a companhia alegou em sua defesa que as irregularidades eram de responsabilidade da Prumo Engenharia, empresa contratada pela All América para oferecer mão de obra.
A decisão na 1ª Vara do Trabalho de Itapecerica da Serra responsabilizou a concessionária All América por sua cadeia produtiva, destacando que a companhia tem o dever de fiscalizar o cumprimento da legislação por suas terceirizadas. (pulsar/brasil de fato)