O presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Altino de Melo Prazeres Junior, afirmou, em entrevista coletiva na última terça-feira (10), que as 42 demissões por justa causa realizadas pela Companhia do Metropolitano (Metrô) atingiram somente dirigentes e delegados sindicais. De acordo com Altino, a medida foi uma retaliação política do governo estadual contra a organização dos trabalhadores .
Dos dispensados, onze são diretores da atual gestão, três são ex-diretores, dois são representantes da Federação Nacional dos Metroviários (Fenametro), incluindo seu presidente, Paulo Pasin, e os outros 26 são delegados sindicais. Em todos os casos foram usados o artigo 482 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que em um subitem prevê justa causa por “incontinência de conduta ou mau procedimento”, e o artigo 262 do Código Penal.
Os sindicalistas estão tentando nova audiência de conciliação, no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, na perspectiva de rever as demissões e evitar uma nova paralisação na quinta-feira (12), dia da abertura da Copa do Mundo na Arena Corinthians, em Itaquera. Mas ainda não conseguiram. A assembleia que definirá pela greve ou não ocorrerá nesta quinta às seis e meia da tarde, na sede do sindicato. (pulsar/rba)