O 9º Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres (MMM) acontecerá entre os dias 25 e 31 de agosto, reunindo feministas de cerca de 40 países. São esperadas mais de mil ativistas no Memorial da América Latina, em São Paulo.
As mulheres da Marcha reforçam que buscam uma “nova sociedade” e também responsabilizam o Estado pela desigualdade de gênero. O tema do Encontro é “Feminismo em Marcha para Mudar o Mundo”, contando com debates, oficinas e atos públicos.
A exposição “Feminismo em marcha”, que acontece na Galeria Olido, no centro da cidade, apresentará projeções, fotografias e materiais históricos sobre movimentos de mulheres em mais de 60 países. No 31 de agosto, último dia de atividades, está prevista uma manifestação nas ruas da capital paulista.
Na convocação para o ato público, as feministas afirmam que buscam “acabar com o machismo e o capitalismo, que também é racista, lesbofóbico e depredador da natureza”. Entre as reivindicações, o direito à autonomia sobre os seus corpos e sexualidade. Por isso, defendem a legalização do aborto.
Elas também pedem pelo reconhecimento e valorização do trabalho das mulheres, reafirmando que os serviços domésticos e de cuidados devem ser compartilhados entre elas e os homens.
As feministas que promovem o Encontro se posicionaram, ainda, sobre temas como alimentação e comunicação. Elas defendem a agroecologia, uma forma de cultivo sem venenos que respeita o meio ambiente e as culturas locais. E também exigem a democratização da mídia, combatendo “a lógica mercantil da propriedade intelectual”. (pulsar)